terça-feira, janeiro 25, 2005

Untitled - Golfinhos Eternos

Como desejava ter-te abraçado antes de vir;
Como desejava ter-te beijado antes de partir;
Como desejava não ter vindo sozinho;
Como te desejava, p'ra este longo caminho.

Mas...
Porque as correntes nos separaram,
Num mar onde muitos afundaram?
Porque nele nos perdemos?...
Porque as Pleiades não ajudaram?

O mar parecia um lago,
Sem ondas nem corrente;
Mas esquecemo-nos...
Da maré que afundou,
Que um recife nos arrancou à frente,
E nos separou:
Eu pr'aqui, tu pr'ali;
E mesmo de braços esticados
Um ao outro não chegámos...
Á deriva fomos atirados:
Naufragámos.

Como desejava...
Nadar contigo.
Dar-te a mão...
E contigo voar,
Até ao fundo do mar;
Olhar-te nos olhos,
Num sorriso sem respirar;
Como peixes, libertos do mundo,
Mas juntos...
Buscando a superficie, longe do fundo.

Saltaríamos da água
Como dois golfinhos...
Sobre a Lua voávamos,
De barbatana dada,
Juntinhos...

E até ao fim do horizonte valsávamos,
Sobre o Sol, as estrelas e tempestades;
Tudo enfrentaríamos, juntos:
Quer o Sol nos queimasse,
Uma estrela nos caísse,
A chuva nos afogasse,
Ou a vida nos sumisse...
Contigo...
Nadava...
Sorria...
Até que o tempo se nos partisse.


(24/01/05@15:35 - 25/01/02@03:15)

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Untitled - Sonha Comigo

Como te sentes?
Que estás a pensar?
Queres sorrir?
Vamos partir!
Vamos sonhar...

Agarro tua mão
E vamos juntos,
Maravilhados por belos mundos
De cores, luz e alegria:
Um laranja pôr-de-sol
No nascer de um novo dia.

Tudo o que quisermos,
É só deixar sonhar:
Sempre Verão
Ou mil Invernos;
Chuva ou Sol:
Brilhar ou molhar.

A noite ou o dia
Podemos parar;
Fixar Diana num ponto,
Puxar Titão de um lado,
Roda-lo em volta
Até ficar tonto,
Ou congelar um Sol eclipsado.

Podemos voar até ao topo,
E nas estrelas nos deitarmos;
Figurarmos nelas desenhados
Em suas belas histórias retratados.

E em baixo do Tellúrico mundo
Nos observam num sonho conjunto:
De sorriso astronómico partilhado,
Com um olhar brilhante apaixonado,
E meu coração em teus braços deitado.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Untitled - Saudade

Parto:
De retorcida cabeça
Para trás voltada,
Avanço sem poder parar.
Lágrimas escorrem
Do olhar de minha alma;
Escorrem sem cessar.
Aguada alma me fica dentro
Cheia de saudade,
De meus olhos brotada.

O meu sorriso evapora-se
Sobre o calor deste Sol infernal:
Sol que juntos sentimos,
Nas supremas férias de Natal.

As saudades de ti já vivem;
Os momentos na memória persistem;
O bem estar, os sorrisos, fazem falta:
Essa alegria sentida em alta.

Mas vou-me lembrando de todos nós
Em grupo de amizade, carinho e amor:
Todos os dias me acompanham cá dentro,
Os que pintam minha vida de côr.